Este blog foi desenvolvido para auxiliar os alunos do Curso de Licenciatura em Química do IFES-Campus Aracruz.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Estudo dos Gases
Teoria cinética dos gases
Volume, Pressão e Temperatura de um gás
Gás ideal
Gás Real
Lei de Boyle e lei de Charles e Gay-Lussac
Equação geral dos gases perfeitos
Transformações isotérmica, isobárica e isocórica
CNTP
Volume molar de um gás
Equação de Clapeyron
Densidade de um gás
Mistura Gasosa: Pressão Parcial e Volume Parcial
Efusão e difusão de gases - Lei de Graham
1- Teoria cinética dos gases
Características de uma substância no estado gasoso - Não tem forma e nem volume próprios. Um gás tem a forma do recipiente onde está contido e ocupa todo o espaço limitado pelas paredes do recipiente. O volume de um gás é o volume do recipiente onde está contido.
Modelo do estado gasoso (teoria cinética dos gases) - Um gás é constituído por moléculas isoladas, separadas umas das outras por grandes espaços vazios em relação ao seu tamanho e em contínuo movimento de translação, rotação e vibração.
2- Volume, Pressão, Temperatura de um gás
I. Volume
O volume de qualquer substância é o espaço ocupado por esta substância. No caso dos gases, o volume de uma dada amostra é igual ao volume do recipiente que a contém.
II. Temperatura
É a medida do grau de agitação térmica das partículas que constituem uma substância.
No estudo dos gases, é utilizada a escala absoluta ou Kelvin (K) e, no Brasil, a escala usual é a Celsius ou centígrada (°C). Portanto, para transformar graus Celsius (t) em Kelvin, temos:
III. Pressão
A pressão é definida como força por unidade de área. No estado gasoso, a pressão é o resultado do choque de suas moléculas contra as paredes do recipiente que as contém.
3- Gás Ideal ou Perfeito
Gás ideal ou gás perfeito - É um modelo teórico. É um gás que obedece às equações P·V/T = k e P·V = n·R·T, com exatidão matemática.
4- Gás Real
Não segue o comportamento do gás ideal, principalmente em pressões muito altas e/ou em temperaturas baixas, porque ocorre alta redução de volume e as partículas, muito próximas, passam a interferir umas no movimento das outras.
Um gás real aproxima-se do comportamento de um gás ideal à medida que diminui a pressão e aumenta a temperatura.
5- Lei de Boyle e lei de Charles e Gay-Lussac
Lei de Boyle - A temperatura constante, o volume ocupado por uma quantidade fixa de um gás é inversamente proporcional à sua pressão.
P·V = k = constante
Lei de Charles e Gay-Lussac - A volume constante, a pressão de uma massa fixa de um gás varia linearmente com a temperatura do gás em graus Celsius.
A pressão constante, o volume de uma massa fixa de um gás varia linearmente com a temperatura do gás em graus Celsius.
Com a introdução da escala absoluta, as leis de Charles e Gay-Lussac foram assim enunciadas:
A volume constante, a pressão de uma massa fixa de gás é diretamente proporcional à temperatura absoluta do gás.
A pressão constante, o volume de uma massa fixa de gás é diretamente proporcional à temperatura absoluta do gás.
6- Equação geral dos gases perfeitos
P·V
——
T
= k
ou
P1·V1
———
T1
=
P2·V2
———
T2
(número de mols constante)
É possível o gás passar por um estado intermediário (3), observe o diagrama:
(1) ® (2) ® (3)
Desta forma teremos:
A Lei de Boyle e Charles aplica:
Se multiplicar parte por parte
7- Transformações Isotérmica, Isobárica e Isovolumétrica
ISOBÁRICA
(p1 = p2)
V1
——
T1
=
V2
——
T2
lei de Charles
e Gay-Lussac
ISOCÓRICA
(V1 = V2)
p1
——
T1
=
p2
——
T2
lei de Charles e
Gay-Lussac
ISOTÉRMICA
(T1 = T2) p1·V1 = p2·V2 lei de Boyle
8- Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP, CN ou TPN)
São definidas como condições normais de temperatura e pressão quando o gás é submetido a uma pressão de 1 atm e à temperatura de 0 °C. Portanto, podemos colocar:
P = 1 atm = 760 mmHg
T = 0 °C = 273 K
9- Volume molar de um gás
Volume molar é o volume de um mol de substância.
O volume molar de um gás é constante para todos os gases a uma mesma pressão e temperatura.
Nas CNTP, o volume molar é igual a 22,4 L/mol.
10- Equação de Clapeyron
As leis de Boyle e Charles/Gay-Lussac podem ser combinadas com a lei de Avogadro para relacionar volume, pressão, temperatura e quantidade em mols de um gás.
Tal relação é chamada de equação de estado de um gás. A equação de estado pode então ser representada por:
P · V = n ·R · T
Esta equação também é denominada de equação de Clapeyron, em homenagem ao físico francês que a determinou.
A constante R pode assumir vários valores dentre os quais destacamos:
11- Densidade de um gás
Densidade de um gás nas CNTP:
dCNTP =
M
———
22,4
g/L
Densidade de um gás a uma pressão p e temperatura T:
d =
P·M
———
R·T
Densidade de um gás A em relação a um gás B:
dA,B =
MA
——
MB
Densidade de um gás A em relação ao ar:
dA,ar =
MA
——
Mar
=
MA
———
28,8
12- Mistura Gasosa: Pressão Parcial e Volume Parcial
Fração em mol
Abaixo a fração do mol expressa na relação:
Onde:
ni – quantidade em mols de gás i.
n – quantidade em mols da mistura.
Pressão parcial
Em uma mistura gasosa a pressão parcial de um gás é igual ao resultado de sua fração em mol na mistura, pela própria pressão.
Pgás = Xgás . Ptotal
Volume parcial
Em uma mistura gasosa o volume parcial de um gás é igual ao resultado de sua fração em mol na mistura, pelo próprio volume.
Vgás = Xgás . Vtotal
Lei de Amagat
Segundo essa lei, a soma dos volumes parciais de seus componentes, é ocupada por uma mistura gasosa.
V = v1 + v2 + v3 + ... vz
Lei de Dalton
Segundo essa lei, a soma das pressões parciais de seus componentes, é ocupada por uma mistura gasosa.
P = P1 + P2 + P3 + ... Pz
Misturas de gases perfeitos
O fato de que os gases são miscíveis, independente da proporção resulta em misturas gasosas homogêneas.
13- Difusão e Efusão Gasosa
Difusão gasosa – é a forma na qual, os gases atravessam uma parede porosa, e nesse mesmo processo se misturam de maneira uniforme com outros gases.
Porém, a efusão gasosa é conceituada como uma forma em que um gás escapa de um recipiente, por meio de um pequeno furo, para o vácuo.
Thomas Graham foi um químico britânico, que estudou a efusão gasosa, ele criou a lei que o explica.
“As velocidades de efusão dos gases são inversamente proporcionais às raízes quadradas de suas massas específicas, quando submetidos à mesma pressão e temperatura.”
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Fonte: http://www.profpc.com.br/
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